Iôiô foi um bode mestiço com forte predominância da raça parda alpina que viveu na cidade de Fortaleza no início do século XX. Em 1915 um retirante da seca vendeu o dito cujo para José de Magalhães Porto, representante do industrial Delmiro Gouveia, correspondente no nordeste da empresa britânica Rossbach Brazil Company, localizada na Praia de Iracema.
O bode perambulava, sem ser molestado pelos fiscais da prefeitura, pelas ruas centrais da cidade, na companhia de boêmios e escritores que frequentavam os bares e cafés ao redor da Praça do Ferreira, centro cultural da capital. Bebia cerveja e cachaça, fumava charuto e gostava de ouvir música e muitas vezes, acompanhava os seresteiros pelas madrugadas. O bicho parecia gente. Era sempre visto no meio das conversas dos boêmios, poetas e intelectuais. Esse nome Iôiô foi lhe dado por ele sempre percorrer o mesmo trajeto, entre a Praça do Ferreira e a Praia de Iracema, num vai-e-vem danado.