“Caminheiro que passas pela estrada,
Seguindo pelo rumo do sertão,
Quando vires a cruz abandonada,
Deixa-a em paz dormir na solidão”.
(Castro Alves)
No sertão as estradas são solitárias e silenciosas. O silêncio da solidão é deslumbrante. Aqui e ali se vê uma árvore seca, uma casinha esquecida, um muro em ruínas, uma cancela. Tudo é mato nos dois lados da estrada. Quem passa sozinho se arrisca a ver coisas, ouvir vozes, sentir cheiros. Cheiro de cuscuz e café, fornada de tapioca, cheiro de bosta de vaca, cheiro de mato, cheiro de caju, cheiro de chuva, sem chover.